O Banco Central, em parceria com universidades e fintechs, avança na integração do DREX com outras blockchains, aumentando a segurança e eficiência do sistema financeiro brasileiro.
Você sabe por que a interoperabilidade entre redes blockchain é o próximo desafio para o sistema financeiro brasileiro? O Banco Central, junto ao LIFT Learning, está testando novas formas de integrar o DREX com outras blockchains como Polkadot e XRPL, abrindo caminho para transações mais seguras e eficientes. Quer entender o impacto disso para empresas e fintechs? Continue comigo.
Desafios da interoperabilidade entre blockchains
A interoperabilidade entre blockchains é um desafio importante porque essas redes trabalham de formas diferentes e não se comunicam facilmente. Cada blockchain tem suas próprias regras e tecnologias, o que dificulta a troca direta de informações e valores entre elas.
Além disso, as pontes usadas para conectar redes diferentes podem ter falhas de segurança. Isso já causou perdas bilionárias em ataques hackers, mostrando que proteger essas conexões é fundamental.
No caso do DREX, que é uma rede mais fechada e privada, a integração com outras blockchains exige soluções ainda mais seguras e eficientes. O processo precisa garantir que as transações sejam confiáveis, rápidas e sem intermediários.
Outro ponto é a complexidade técnica de garantir que transações entre redes diferentes ocorram ao mesmo tempo e de forma segura, evitando problemas como o gasto duplo. Isso requer tecnologias avançadas e testes constantes para garantir a funcionalidade.
Por fim, alinhar privacidade, segurança e velocidade nas conexões entre blockchains diferentes é um equilíbrio delicado. Avançar nesses pontos é essencial para que o DREX e outras redes possam crescer em uso e inovação.
O papel do LIFT Learning no avanço do DREX
O LIFT Learning é um laboratório que reúne bancos, fintechs, universidades e outras instituições para revolucionar a tecnologia financeira. Ele atua como um espaço colaborativo focado em inovação dentro do Sistema Financeiro Nacional.
Com parcerias importantes, como a da UFRJ, Polkadot e Ripple, o LIFT vem avançando na criação de soluções para conectar o DREX com outras blockchains. A ideia é fazer isso de forma segura, rápida e sem precisar de intermediários.
Uma das grandes conquistas do LIFT foi testar transações entre o DREX e redes diferentes, mostrando que é possível uma comunicação eficiente entre tecnologias distintas. Isso é essencial para ampliar o uso do DREX e abrir portas para novos serviços financeiros.
Além disso, o laboratório trabalha para melhorar a segurança nas integrações, reduzindo riscos de ataques que costumam acontecer em pontes entre blockchains. Isso traz mais confiança para quem usa o sistema financeiro digital.
O LIFT Learning também compartilha todo o conhecimento e código desenvolvido com a sociedade, fortalecendo a inovação aberta e estimulando o mercado a criar novas soluções baseadas nesses avanços.
Transação atômica entre DREX e Moonbeam testada com sucesso
Uma transação atômica é uma operação que garante que a troca entre ativos digitais em redes diferentes ocorra de forma simultânea e segura. Ou seja, ou todas as partes da transação são concluídas, ou nenhuma acontece, evitando perdas.
No caso do DREX, essa técnica foi testada com sucesso em parceria com a rede Moonbeam, que faz parte do ecossistema Polkadot. Isso mostra que é possível fazer negociações diretas sem intermediários.
Esse avanço permite que tokens do DREX sejam trocados por ativos digitais de outras blockchains, ampliando as possibilidades de uso e integração entre redes.
Além de aumentar a segurança, a transação atômica ajuda a reduzir custos, já que elimina a necessidade de terceiros controlando ou confirmando as operações.
Testes como esse são fundamentais para tornar o DREX mais versátil e conectar diferentes sistemas financeiros de forma eficaz e confiável.
Integração do DREX com testnet da XRPL validada
A integração do DREX com a testnet da XRPL foi validada com sucesso, mostrando avanços importantes para a interoperabilidade entre blockchains. A XRPL, ou Ripple Ledger, é uma rede conhecida por sua velocidade e eficiência em transações financeiras digitais.
Essa validação comprova que o DREX pode se conectar diretamente com outras redes, permitindo a troca de ativos digitais sem intermediários. Isso amplia as possibilidades para o ecossistema financeiro brasileiro.
O processo permite que informações e transações sejam verificadas em tempo real entre as redes, mantendo a segurança e a privacidade dos dados envolvidos. Essa conexão abre caminho para serviços financeiros mais rápidos e acessíveis.
Além disso, a integração fortalece a segurança ao reduzir pontos vulneráveis na comunicação entre blockchains, diminuindo riscos de ataques virtuais.
Esse avanço reforça o papel do DREX no futuro dos pagamentos digitais, contribuindo para um sistema financeiro mais moderno e eficiente no Brasil.
Benefícios da interoperabilidade para o sistema financeiro
A interoperabilidade traz diversos benefícios para o sistema financeiro. Ela permite que redes diferentes troquem informações e ativos digitais de forma direta e segura.
Com a conexão entre blockchains, instituições financeiras conseguem realizar transações em tempo real, reduzindo atrasos e aumentando a eficiência dos pagamentos.
Além disso, a dependência de intermediários diminui, o que ajuda a cortar custos operacionais e simplificar processos financeiros.
A interoperabilidade também reforça a segurança, diminuindo a chance de fraudes como o gasto duplo, que acontece quando a mesma moeda é usada mais de uma vez.
Outro ponto importante é a validação rápida de informações entre redes distintas, permitindo que smart contracts trabalhem de forma integrada, ampliando as funcionalidades oferecidas.
Esses avanços são essenciais para modernizar o sistema financeiro, tornando-o mais acessível, transparente e inovador para empresas e consumidores.
Próximos passos e abertura do projeto para o mercado
Os próximos passos do projeto DREX focam na expansão e abertura para o mercado. O objetivo é permitir que empresas e desenvolvedores usem o código aberto para criar soluções inovadoras.
Essa abertura reforça a ideia de inovação colaborativa, onde feedbacks e melhorias podem ser compartilhados entre todos os participantes do ecossistema.
Essas ações ajudam a fortalecer o Sistema Financeiro Nacional e facilitam a modernização da economia brasileira.
O projeto já foi apresentado publicamente durante o evento LIFT Day, mostrando os avanços e convidando o mercado para engajar-se nessa transformação.
Com o acesso às pesquisas e códigos, startups, fintechs e outras instituições podem desenvolver serviços financeiros descentralizados e integrados.
Essa fase é fundamental para consolidar o DREX como uma plataforma segura, versátil e eficiente, pronta para atender às demandas reais do mercado.
Gabriel Simi é o jornalista responsável pelo canal de notícias do Ideal Business School. Com mais de 15 anos de atuação na cobertura de negócios, inovação e empreendedorismo, Gabriel se especializou em traduzir dados complexos, estudos de mercado, políticas econômicas e tendências emergentes em conteúdos acessíveis, objetivos e envolventes.