Inovação

Como reduzir custos na nuvem: estratégias para empresas brasileiras

A nuvem privada é ideal para empresas que exigem controle absoluto e máxima segurança dos dados. Setores como fintechs, saúde, telecomunicações e órgãos públicos precisam dessa infraestrutura para proteger informações sensíveis e garantir conformidade regulatória.

Apesar do custo mais alto, é mais viável que manter um data center próprio, oferecendo isolamento completo e proteção avançada.

O desafio de equilibrar inovação e gastos é frequente para gestores. Entender como a cloud pode ser ajustada para reduzir custos ajuda empresas a otimizarem orçamento e tecnologia. Já considerou essas estratégias?

Por que empresas preferem a cloud à infraestrutura própria

Empresas estão cada vez mais optando pela cloud em vez de montar sua própria infraestrutura de TI. Isso acontece porque montar um data center próprio exige muito investimento em equipamentos, manutenção e segurança. Além do custo alto, também é preciso ter uma equipe especializada para gerenciar tudo.

Na cloud, as despesas são mais flexíveis e previsíveis, já que a empresa paga apenas pelo que usa. Essa facilidade torna o orçamento mais fácil de controlar.

Outra vantagem é a escalabilidade: sem limite físico, é possível aumentar ou diminuir recursos conforme a necessidade do negócio, sem precisar comprar novos equipamentos.

A cloud ainda oferece maior agilidade para implementar novidades tecnológicas. Muitas vezes, as empresas precisam inovar rápido para não perder espaço no mercado. Com a nuvem, elas têm acesso a soluções atualizadas e podem testar novos serviços sem grandes riscos.

Além disso, a segurança é garantida por provedores especializados que investem em medidas avançadas para proteger os dados. Isso reduz a preocupação das empresas, que não precisam se dedicar a resolver os problemas de segurança sozinhas.

Por todos esses motivos, a cloud é vista como uma alternativa moderna, econômica e eficiente para empresas que querem crescer com tecnologia sem comprometer o orçamento.

Componentes que formam o custo da cloud

O custo da cloud depende principalmente de três fatores: o modelo de implantação, o modelo de pagamento e o volume de recursos consumidos. Cada um impacta o valor final e precisa ser avaliado com cuidado.

O modelo de implantação pode ser público, privado ou híbrido. A nuvem pública é mais barata porque os recursos são compartilhados entre várias empresas. A nuvem privada custa mais, mas dá maior controle e segurança. O modelo híbrido combina o melhor dos dois, equilibrando custo e proteção.

Já o modelo de pagamento varia conforme o uso. Se a demanda for constante, o plano fixo é mais vantajoso. Para uso variável, o modelo pay-as-you-go, que cobra só o que você usa, é mais econômico.

Outro fator fundamental é o conjunto de recursos contratados, como CPU, memória RAM, armazenamento e capacidade de rede. Quanto maior a quantidade, maior o custo. Por isso, é importante dimensionar conforme a necessidade real do negócio.

A localização do data center também influencia o custo, especialmente em projetos sensíveis à velocidade e latência. Escolher um centro próximo dos usuários pode reduzir custos de rede e melhorar o desempenho.

Modelos de nuvem: pública, privada e híbrida

Os modelos de nuvem mais comuns são: pública, privada e híbrida. Cada um tem suas características e custos diferentes.

A nuvem pública é a opção mais acessível. Os recursos, como servidores e armazenamento, são compartilhados entre vários clientes. Isso reduz custos e facilita o acesso para pequenas e médias empresas.

Já a nuvem privada é mais cara porque é dedicada a um único cliente. Ela oferece maior segurança e controle, ideal para empresas que lidam com dados sensíveis, como fintechs ou órgãos públicos.

O modelo híbrido combina os dois anteriores. Dados e aplicações críticas ficam na nuvem privada, enquanto o restante funciona na nuvem pública. Assim, é possível equilibrar segurança e custos.

Na prática, a escolha depende da necessidade da empresa, da sensibilidade dos dados e do orçamento disponível. Avaliar bem esses pontos evita gastos desnecessários e garante eficiência.

Formatos de pagamento e suas vantagens

Os modelos de pagamento na cloud são fundamentais para controlar os custos. O plano fixo é ideal para quem usa recursos estáveis todos os meses. Assim, a empresa paga um valor definido, sem surpresas.

Já o modelo Pay-as-you-go é mais flexível. Você paga só pelo que utiliza, o que é ótimo para quem tem demandas que mudam bastante. Assim, evita pagar por recursos que não usa.

Para projetos com variações constantes, o Pay-as-you-go costuma ser mais econômico. Mas, se o consumo é previsível, o plano fixo traz mais segurança no orçamento.

É importante analisar o perfil do uso para escolher o modelo certo. Isso ajuda a evitar gastos desnecessários e garante que a infraestrutura acompanha o crescimento da empresa.

Além disso, combinar modelos diferentes com uma abordagem híbrida pode ser uma boa estratégia para otimizar gastos e manter a segurança dos dados.

Recursos essenciais para cada fase do negócio

Os recursos necessários na cloud variam conforme a fase do negócio. No início, configurações básicas já atendem bem. Geralmente, 1 ou 2 CPUs, 2 a 4 GB de RAM e até 100 GB de armazenamento são suficientes para sites, lojas online ou sistemas simples.

Quando a empresa cresce, a demanda aumenta. Para negócios de médio porte, é comum precisar de 4 a 8 CPUs, 8 a 16 GB de RAM e entre 200 e 500 GB de armazenamento. Isso garante estabilidade para mais usuários e dados.

Grandes empresas, como portais de mídia ou plataformas financeiras, exigem ainda mais potência. Configurações mínimas com 16 CPUs, 32 GB de RAM e armazenamento em terabytes são recomendadas.

É importante evitar contratar recursos exagerados logo no começo, pois isso gera custos altos sem benefício real. Ajustar a infraestrutura conforme o crescimento ajuda a manter o investimento eficiente e a performance em dia.

Impacto do volume de armazenamento no custo final

O volume de armazenamento é um dos principais fatores que impactam o custo final da cloud. Quanto mais dados são guardados, maior será o valor a pagar. Para pequenos negócios, 100 a 200 GB costumam ser suficientes para documentos e backups.

Empresas de médio porte geralmente precisam de 500 GB a 1 TB. Esse aumento atende uso intenso de bancos de dados ou arquivos de mídia, como fotos e vídeos. Armazenar muitos arquivos exige recursos mais robustos.

Grandes empresas que trabalham com grande volume de dados, como portais de notícias e bancos, precisam de dezenas de terabytes. Para esses casos, são necessárias soluções com alta disponibilidade e criptografia para garantir segurança.

Além do volume, outra questão que pode influenciar o custo é a localidade do data center. Escolher centros próximos aos usuários reduz a latência e pode diminuir os custos de rede.

Por isso, é importante dimensionar bem o armazenamento e escolher provedores que ofereçam a melhor relação entre custo e benefício.

Uso de desktop remoto para equipes distribuídas

O uso do desktop remoto tem se tornado essencial para equipes distribuídas. Essa solução armazena o ambiente de trabalho dos funcionários na nuvem, permitindo acesso seguro de qualquer lugar.

Para equipes pequenas, um servidor com 2 a 4 CPUs e 8 a 16 GB de RAM geralmente é suficiente. Essas especificações garantem bom desempenho sem custos excessivos.

Empresas com 50 a 100 colaboradores precisam de configurações mais robustas, como 8 a 16 CPUs e 32 a 64 GB de RAM. Isso assegura que o sistema suporte a quantidade de usuários simultâneos.

Grandes empresas, com centenas de funcionários remotos, exigem ainda mais recursos. Nesses casos, é comum utilizar servidores com pelo menos 32 CPUs e 128 GB de RAM, além de recursos de segurança como VPN e autenticação multifator.

O desktop remoto facilita a colaboração e aumenta a segurança dos dados, já que a informação fica armazenada na nuvem, não em dispositivos locais.

Quem realmente precisa da nuvem privada e por quê

A nuvem privada é indicada para empresas que precisam de controle total e segurança máxima. Setores como fintechs, saúde, telecomunicações e órgãos públicos geralmente optam por esse modelo.

Essas empresas lidam com dados sensíveis que não podem ser compartilhados, por isso a nuvem privada oferece isolamento completo e proteção avançada.

Embora seja mais cara que a nuvem pública, a nuvem privada evita os altos custos e a complexidade operacional de manter um data center próprio.

Empresas que exigem conformidade regulatória rigorosa também costumam escolher a nuvem privada para garantir atendimento a essas normas.

Por fim, a decisão deve considerar o equilíbrio entre custo, segurança e a necessidade de controle da infraestrutura.

Gabriel Simi

Gabriel Simi é o jornalista responsável pelo canal de notícias do Ideal Business School. Com mais de 15 anos de atuação na cobertura de negócios, inovação e empreendedorismo, Gabriel se especializou em traduzir dados complexos, estudos de mercado, políticas econômicas e tendências emergentes em conteúdos acessíveis, objetivos e envolventes.

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